Pro Coletivo
5 de jul de 20192 min
O Brasil vem se destacando no mundo por suas ações negativas na área ambiental. Além da
devastação crescente na Amazônia – em junho, o desmatamento teve seu pior registro, desde
2016 –, houve a liberação recente de mais de 200 agrotóxicos, muitos proibidos lá fora.
No campo da mobilidade urbana, a coisa não é diferente, infelizmente. No Brasil, a frota de
automóveis e motocicletas cresceu até 400% nos últimos dez anos. E esse dado está
intimamente ligado ao aumento da poluição do ar, que mata 50 mil pessoas por ano no Brasil,
segundo Paulo Saldiva, médico patologista e professor da Faculdade de Medicina da USP.
Foco de vários países, a “descarbonização” do transporte envolve investimento em modais
coletivos e sustentáveis.
Até 2040, oito países europeus (Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Noruega, Holanda,
Dinamarca e Itália) devem banir carros a gasolina e diesel das ruas. Eles já anunciaram a
proibição e vêm avançando nesse processo. Amsterdã, por exemplo, oferece subsídios e
permissões de estacionamento para quem trocar seu carro por um modelo elétrico.
Copenhague, na Dinamarca
Desde os anos 1970, a cidade de Copenhague, capital da Dinamarca, investe em ciclovias e
campanhas de incentivo ao uso da bicicleta. Na Holanda, há sessenta anos existem os “jardins
de tráfego”, para que as crianças aprendam a conduzir a bicicleta com segurança.
Desde 2014, Nova York reduziu a velocidade máxima das ruas para 40 km/h, aumentou os
tempos semafóricos de travessia e instalou mais radares. Também criou mais faixas exclusivas
de ônibus e multiplicou sua rede de ciclovias.
Medellín, na Colômbia
Medellín, na Colômbia, foi pioneira ao usar teleféricos como meio de transporte público,
beneficiando a população das periferias que vive nos morros. O sistema de transporte
integrado agrupa ônibus, metrô, teleférico e bonde.
Londres, Estocolmo e Cingapura são cidades que adotaram o pedágio urbano, que consiste na
cobrança de taxa para os motoristas que circularem nas regiões centrais. A maior parte da
arrecadação vai para o investimento em transporte público, ampliação de ciclovias e calçadas.
Em Los Angeles, desde os anos 1970, existem as faixas exclusivas HOVs (sigla para veículos de
alta ocupação), destinadas a carros com dois ou mais ocupantes, modelos elétricos e híbridos.
Em Stuttgart, na Alemanha, alguns trens contam com um vagão externo onde os ciclistas
podem deixar suas bicicletas. Integrar bicicletas com o transporte coletivo é uma iniciativa
inteligente e que promove a sustentabilidade.