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O fim do bilhete único?


O prefeito João Doria voltou de Seul, na Coreia do Sul, com a ideia de uma nova tecnologia para substituir o cartão do bilhete único: o celular como meio de pagamento. Segundo o prefeito declarou para o Uol Notícias, os testes de bilhete único no celular já começam em junho. "O uso do celular é uma forma de combater as fraudes no bilhete único", afirmou ele, complementando que até 2020 pretende abolir o cartão físico do bilhete e, consequentemente, os cobradores e o modelo de catracas. "Mas os cobradores serão reempregados em outras funções. Desemprego zero", ressaltou.

Interessante que o prefeito busque em Seul, uma referência de cidade conectada, inspirações para melhorar São Paulo, até porque Seul tem uma série de medidas de mobilidade louváveis e que devem ser copiadas. Uma delas é a velocidade máxima de 30km/hora em zonas residenciais e comerciais. Isso evita atropelamentos e outros acidentes fatais. Em Seul, a sinalização é pintada de forma bem ostensiva no asfalto, além das placas, alertando o motorista sobre esta regra.

Outra medida que o governo de Seul pretende institucionalizar nos próximos quinze anos em toda a cidade, mas que já vem sendo testado em alguns trechos da metrópole, é o pagamento de um pedágio urbano. Há também um tipo de incentivo para quem deixa mais dias o carro na garagem: as contrapartidas são descontos em taxas, combustível e lavagens. Vale lembrar que os estacionamentos em vias públicas também não existem nessa cidade da Coreia do Sul. Apenas em prédios, e cada vez mais caros e restritivos.

O que parece impopular para nós, brasileiros, para os países desenvolvidos é parte de um inteligente programa de diretrizes públicas para melhorar a mobilidade e, consequentemente, a vida e a saúde das pessoas.

A política de mobilidade de Seul segue a de outras grandes cidades como Londres, Paris e Nova York, que, ancoradas na opinião de especialistas internacionais, restringem o uso de carros e estimulam a mobilidade ativa (pedestrianismo e bicicleta) e o transporte coletivo.

Isso é bom para a saúde global das cidades (inclusive a saúde financeira), que ficam menos poluídas, menos violentas e tendem a ter menos acidentes.

Que o prefeito João Doria possa pegar o pacote completo de Seul, e não apenas a tecnologia do celular para o bilhete único. Todos ganharão com isso.

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