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  • Chantal Brissac

Cidades caminháveis


O Reino Unido encabeçou uma campanha recente pelas "Walking Cities", cidades que contemplam o transporte a pé (termo cunhado pelos fundadores da Corrida Amiga, uma das principais associações brasileiras focadas no pedestrianismo).

É muito louvável e importante conhecer mais exemplos bem-sucedidos do estímulo ao pedestrianismo. Quando vemos uma metrópole como Londres trabalhando em várias esferas para melhorar a mobilidade e o bem-estar da população (com restrição do uso do carro, pedágio urbano e várias políticas públicas que favorecem a mobilidade ativa), podemos nos inspirar e fazer o mesmo aqui.

No site www.livingstreets.org.uk, é possível conhecer melhor sobre este grupo de voluntários e profissionais que buscam trazer de volta ao país o hábito de andar a pé. "Cidades em todo o mundo estão percebendo que estimular o pedestrianismo e reduzir o número de carros irá criar uma sociedade mais saudável, mais igualitária e atrair mais negócios e investimentos para esses lugares", diz um dos textos do site, superexplicativo e didático.

No site também descobrimos que o movimento a favor do pedestrianismo começou em Londres em 1929, quando o jovem jornalista Tom Foley e o político Viscount Cecil fizeram a primeira reunião da Associação de Pedestres no Essex Hall in the Strand.

"NÓS PRECISAMOS DE CIDADES PROJETADAS PARA AS PESSOAS, NÃO PARA OS CARROS", diz uma das chamadas no site do Living Streets. Realmente, nós precisamos, em todo o mundo.

"Nós queremos criar uma nação caminhante, livre de ruas congestionadas e poluição, reduzindo o risco de doenças e isolamento social e tornando o caminhar uma escolha natural e prioritária. Nós acreditamos que um país que caminha traz progresso para todos", avisa outro trecho do Living Streets, que aponta alguns passos para que isso se torne realidade:

1. Fazer do pedestrianismo uma prioridade no sistema de mobilidade urbana

2. Planejar para que isso aconteça, tornando as comunidades e regiões convidativas e propícias para o caminhar, com semáforos, faixas de pedestre, serviços básicos, segurança, iluminação e boas calçadas

3. Criar uma rede a favor do caminhar, com rotas de acesso fácil a pé aos destinos e serviços mais importantes

4. Desenhar e criar ruas como lugares agradáveis, de encontro, compartilhamento e divertimento, para que as pessoas se encontrem a pé

5. Prover alternativas mais atrativas do que o carro. Para trajetos mais longos, deve haver opções de transporte público de qualidade e com acesso fácil aos pedestres

6. Fazer da caminhada uma atividade segura. Investir em recursos de segurança para os pedestres e remover os obstáculos que podem colocar a vida das pessoas em risco, tornando ruas e estradas mais seguras para o caminhar

7. Mudar comportamentos e hábitos das pessoas. Encorajar as pessoas a caminhar para o trabalho ou para a escola é fundamental para trazer vida às ruas

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