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  • Por Ana M M González

Mais sorrisos e cantos, menos gritos e buzinas


Como você vive a cidade em que mora? Pergunta estranha? À primeira vista sim, mas nem tanto se percebermos que ela pode nos fazer entender o paraíso ou o inferno do nosso dia a dia. A nossa relação com a cidade é forjada no cotidiano, no ir e vir de todos os dias, na sensação gostosa do ar fresco no rosto, enquanto se ganha espaço caminhando, em passadas largas, ou mesmo na visão do sol que ilumina as casas, as árvores e as pessoas nas ruas.

Há hoje muita gente cansada de carro e de trânsito congestionado que resolveu vivenciar a cidade de uma forma mais leve e mais gostosa. Em vez de ficar dentro de uma máquina de aço de não sei quantas toneladas, e que emite monóxido de carbono, decidiu levar seu próprio corpo para caminhar, passear e pedalar.

Assim, as pernas ficam mais fortes, há menos gastos abusivos em estacionamentos e uma colaboração expressiva para a diminuição dos gases tóxicos no ar coletivo.

Como se tudo isso não bastasse, há a possibilidade de descobrir outra cidade e outra população. Você fica mais próximo de muitas histórias e de gente muito bacana. Troca e compartilha ideias, quebra paradigmas comportamentais e preconceitos, colabora para gerar uma cidade mais humana. Simpático, não é mesmo?

Mudar hábitos e cultura demandam tempo, pois o desenvolvimento de tais mudanças só poderá acontecer junto a uma nova consciência a respeito desses assuntos. A noção do que o coletivo é boa alternativa ainda não está tão clara para nossa sociedade.

O PRO COLETIVO trabalha com essa intenção, a de disseminar uma cultura apoiada na coletividade, aquela que estimula a ação conjunta pelo bem de todos.

Há uma frase, de autoria de Enrique Peñalosa, prefeito de Bogotá, que já se transformou em mantra por aí. E é realmente muito inteligente: “País rico não é aquele em que pobre anda de carro, é aquele em que o rico anda de transporte público”.

Quando poderemos dizer que temos essa riqueza social mais perto de nós?

Para Peñalosa, a boa cidade é aquela em que ricos e pobres se encontram em atos culturais, no transporte público, nas praças, na calçada. "Somos pedestres, precisamos caminhar. Não somos felizes em gaiolas, encerrados entre muros. Por isso estamos mais felizes numa calçada de dez metros do que numa calçada de dois metros de largura", ele diz.

A cidade deve ser pensada para crianças, idosos, deficientes, mas geralmente é desenhada para os adultos com carro, um resultado natural do “progresso".

Como otimizar os argumentos a favor dessa cidade mais humanitária?

Uma reflexão se faz necessária para pensarmos, vivermos e aproveitarmos melhor a nossa cidade. Uma cidade que deve ser feita para as pessoas serem mais felizes e terem mais saúde e bem-estar. Mais tempo livre para o lazer, menos tempo de imobilidade no trânsito. Mais sorrisos e cantos, menos gritos e buzinas. Mais ar fresco e puro, menos fumaça e fuligem. Por que não?

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