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Segundo OMS, mais de 50 mil pessoas morrem no Brasil devido à poluição


Na população mundial, nove em cada dez pessoas respiram ar poluído e contaminado, revelou esta semana a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, a poluição do ar foi responsável, em 2016, pela morte de 51.826 pessoas, segundo este recente relatório. O estudo leva em conta a exposição das pessoas aos MPs – Materiais Particulados, classificados em MP 2,5 (2,5 microgramas por metro cúbico) e MP 10 (10 microgramas por metro cúbico).

Sabe-se que quanto mais fino for o MP, mais perigoso para a saúde, porque as barreiras naturais do corpo não têm capacidade de filtrar satisfatoriamente estes poluentes. O MP mais fino também se propaga mais facilmente na corrente sanguínea.

Presentes na poeira fina, muitas vezes imperceptíveis ao olho nu, os MPs vêm da queima de combustíveis de automóveis e de atividades industriais.

De acordo com o relatório da OMS, todos os anos morrem sete milhões de pessoas por causas diretamente relacionadas com a poluição e os níveis de contaminação permanecem «perigosamente elevados» em várias regiões do mundo.

"O mais dramático é que os valores estabilizaram. Apesar das melhorias alcançadas e dos esforços postos em prática, a imensa maioria da população mundial, 92%, respira ar contaminado em níveis muito perigosos para a saúde», afirmou a Diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente, María Neira, em comunicado.

Segundo os autores deste estudo da OMS, os níveis de contaminação do ar têm-se mantido estáveis ao longo dos últimos seis anos, com ligeiras melhorias na Europa e no continente americano.

Em causa está a poluição com partículas minúsculas que entram profundamente nos pulmões e no sistema cardiovascular, causando doenças potencialmente mortíferas, como derrames cerebrais, ataques de coração, obstruções pulmonares e infeções respiratórias.

Segundo a OMS, em 2016 o ar poluído no exterior causou a morte a 4,2 milhões de pessoas. A poluição de interiores, relacionada, por exemplo, com o uso de tecnologia ou de fontes de energia poluentes na cozinha, terá causado 3,8 milhões de mortes.

Os países mais pobres, na Ásia, na África e no Médio Oriente, são os que registam o maior número de mortes causadas pela poluição, apresentando níveis cinco vezes superiores ao estabelecido pela OMS.

Para alterar este panorama, a Diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS referiu o exemplo da China, que politicamente se propôs a reduzir os «níveis de contaminação altíssimos».

«A poluição ambiental é o maior desafio para a saúde pública mundial», sublinhou.

A OMS afirma que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças não transmissíveis, causando cerca de 24% de mortes por doenças cardiovasculares, 25% por acidente vascular cerebral, 43% por doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) e 29% associadas ao cancro do pulmão.

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