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Um movimento que envolve a educação

Chantal Brissac

O tema mobilidade urbana é uma questão central, pois se relaciona com urbanismo, cidadania, saúde, sustentabilidade, educação e economia financeira. Com o tempo que a gente gasta para ir e vir, e que faz toda a diferença na qualidade de vida.


Por isso, várias empresas têm abraçado esse assunto, investindo em projetos que podem melhorar o ir e vir cotidiano, tornando-o mais seguro, inclusivo, saudável e sustentável.


Montadoras de automóveis, que tempos atrás só falavam da produção e venda de carros, hoje se mostram disponíveis para refletir sobre transporte a pé, bicicleta e intermodalidade. Muitas delas já se reconhecem como empresas de mobilidade urbana, se preparando para um futuro mais sustentável e saudável, com a substituição do carro a combustão por veículos elétricos; outras, especialmente na Europa, investem na produção de patinetes, bicicletas, scooters e outros modais que não emitem poluentes.


No Brasil, a Fundação Grupo Volkswagen, iniciada em 1979 com foco no desenvolvimento dos seus funcionários, se voltou em 2018 também para a causa da mobilidade urbana, da mobilidade social e da inclusão para pessoas com deficiência em 2018. De lá para cá, a fundação tem olhado para a sociedade civil em vários projetos.


“A gente em geral pensa na mobilidade urbana para o adulto e deixa a criança em segundo plano, mas ela é fundamental na construção de cidades melhores para todos. Acreditamos na cultura da corresponsabilidade da infância. Todos somos responsáveis – família, empresas, escola e sociedade civil – por implementar cidades mais seguras e saudáveis para as novas gerações. A criança precisa ter acesso ao espaço público para desenvolver valores ligados à cidadania e suas competências socioemocionais”, diz Vitor Hugo Neia, diretor de Administração e Relações Institucionais da FGVW.


No dia 21 de outubro, em um evento ao vivo e online, a fundação reuniu especialistas em infância e mobilidade para falar sobre o tema. O debate, que contou com a presença do grupo Carona a Pé (na foto acima), pode ser visto no YouTube da fundação.


Outro projeto interessante da FGVW é a plataforma online Cidadania em Movimento, feita com a Associação Nova Escola, que leva conteúdos gratuitos de mobilidade urbana para professores, com cursos e atividades que podem ser trabalhados na sala de aula.

O trânsito e a poluição são temáticas tratadas no projeto da FGVW com a Associação Nova Escola


O tema, que já é contemplado pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular), entra em diversas disciplinas, como ciências, história, matemática e geografia, entre outras. São temáticas como a energia limpa nos carros, o desenvolvimento histórico dos meios de transporte, a relação com o espaço urbano, e o custo do trânsito no Brasil, que gera prejuízos econômicos e sociais enormes todos os anos.


A fundação também tem um projeto interessante com a ong Cidade Ativa voltado para formação de lideranças, agentes de trânsito e educadores, com o objetivo de planejar políticas públicas e resolver problemas de São Paulo. "Queremos que as pessoas tenham o ferramental necessário para tirar do papel ideias que possam solucionar problemas de seus bairros e cidades", diz Vitor.


Já o prêmio da FGVW, que existe desde 2019 em parceria com a Yunus Negócios Sociais, contempla projetos voltados à mobilidade urbana e social. No dia 5 de novembro será realizada a apresentação virtual dos trabalhos a uma banca julgadora, para escolha e premiação de três organizações sociais, que receberão patrocínio de R$ 100 mil cada uma.

O Bike Favela, na cidade de São Paulo, leva a bicicleta para as periferias


Entre os finalistas, destacam-se dois projetos. O movimento Bike Favela (SP) visa empoderar a população das favelas por meio da mobilidade ativa, fornecendo capacitação gratuita para uso da bicicleta. Ele oferece condições que favoreçam meninas e mulheres, a comunidade LGBTQIA+ e as pessoas acima de 50 anos a pedalar. Além da monitoria, disponibiliza-se o empréstimo de bicicletas e as passagens de metrô para as aulas de integração.


Já o grupo Mulheres Negras em Movimento, da Bahia, faz da bicicleta um instrumento de geração de renda para mulheres negras. Iniciativa da ONG Movimenta La Frida, de Salvador, oferece cursos profissionalizantes de mecânica, aulas de bike, rodas de diálogo, compartilhamento e conserto gratuito de bicicletas. Além da conscientização, formalização sustentável e empreendedora para geração de renda ou novos formatos de trabalho.

O Movimenta La Frida promove a bicicleta como modal econômico, sustentável e autônomo para as mulheres



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