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  • Por Maria Shirts

O Primeiro Bike Anjo a gente nunca esquece


Não faz um ano escrevi sobre quando eu comecei a andar de bicicleta em São Paulo. À época, contei com a ajuda de um “Anjo”, como são chamados os ciclistas mais experientes que acompanham outros, menos, até que os iniciantes peguem mais prática. Esse mês, quase um ano depois, foi a minha vez de ser o “Anjo”.

Parecia a minha primeira vez andando de bike. Empolgada, mas com medo, passei na casa da amiga Esther, que trabalha também no Centro, e fomos pedalando no seu ritmo e com calma desde os Jardins. Foi uma subida e tanto. Eu, indo à esquerda dela e protegendo-a de potenciais “finas educativas”, ia falando sobre as marchas, os truques e os caminhos mais seguros aos que andam sobre duas rodas – não motorizadas.

Ela, muito corajosa, foi me seguindo sem muito pudor, às vezes subindo pela calçada, quando sentia -se insegura, mas desbravando ônibus e carros – mesmo – quando chegamos no cruzamento mais confuso do caminho: o encontro da Avenida Rebouças com a Doutor Arnaldo que desemboca na Avenida Paulista e na Consolação.

A Esther foi me seguindo e eu fui segurando o trânsito à la 'Corrida Maluca'. Senti medo. “E se acontece alguma coisa com ela?”, pensei. Mas olhei para o lado e ela estava na boa, como quem passeia no Ibirapuera no Domingo (isso significa: segura, mas um pouco afobada com a quantidade de informação. Pra quem não sabe, o Parque é bem lotado aos domingos).

Descemos a Consolação, já na ciclovia, onde eu fui mostrando os pontos perigosos e esburacados e diminuindo cada vez a velocidade, por causa do chuvisco que começava a cair. A pista, quando molhada, fica bem perigosa, alertei. Ela ouviu, mas não ficou apreensiva. Foi curtindo a descida e observando o “caminho da roça”, que muda significativamente quando a gente está de bike. Dá pra observar árvores, pessoas, comércios, grafittis antes desapercebidos.

Depois de poucos minutos, chegamos. Ufa. Ela parou no estacionamento do trabalho e tirou onda com o guardinha que cuida do bicicletário. “Nossa, a gente fica super bem humorado quando vem de bike, né?”, ela concluiu. Eu estava um pouco mais tensa. Mas fui pro meu trabalho pensando que é um barato poder proporcionar essa experiência pra alguém.

Se você é um ciclista mais calejado, eu recomendo. No início dá um pouco de medo pela outra pessoa. Mas no fim é gratificante. O bom humor e o frio na barriga compensam. Se achar melhor, faça o trajeto com o colega no fim de semana. É também um bom começo. Ou então aproveite o 22 de setembro, o Dia Mundial sem Carro, pra tentar pela primeira vez.

No fim do dia, ainda teve a volta de Esther. Escuro, frio e na hora do rush, a aventura foi um pouco maior. Mas isso eu deixo pra contar numa próxima vez.

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