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Poluição também impacta a saúde mental, diz estudo realizado na China


Um dos maiores problemas do mundo, a poluição do ar afeta mortalmente no Brasil mais de 50 mil pessoas por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

É esse material particulado, oriundo de escapamentos de veículos e de processos industriais, entre outros fatores, o tema de um grande estudo feito na China e divulgado recentemente.

De acordo com a pesquisa realizada por cientistas chineses e norte-americanos, divulgada em agosto na revista acadêmica “Proceedings of the National Academy of Sciences”, o contato com ar altamente poluído leva à redução das capacidades linguísticas e aritméticas, o que pode ter um impacto médio equivalente ao de um ano a menos de educação.

O estudo foi feito entre 2010 e 2014 com 20 mil pessoas com idade acima de 10 anos. De acordo com Xi Chen, professor na Escola de Saúde Pública de Yale, nos EUA, e um dos autores deste estudo, os malefícios são enormes. "A poluição prejudica as pessoas como um todo, mas especialmente os que têm idade acima dos 64 anos. Quanto mais tempo as pessoas ficarem expostas ao ar poluído, maiores serão os efeitos negativos na sua inteligência", diz Chen, assinalando que os homens são mais afetados do que as mulheres e as capacidades linguísticas ficam mais prejudicadas do que as ligadas à matemática.

Para Derrick Ho, professor na Universidade Politécnica de Hong Kong, na China, a alta poluição atmosférica pode estar associada ao stress e à degeneração dos neurônios. Derrick Ho, que estuda os efeitos da poluição no cérebro, afirma que os poluentes chegam ao cérebro por meio da corrente sanguínea e podem ser associados ao estresse oxidativo, à neuroinflamação e à neurodegeneração em humanos. Assim, de acordo com o estudioso, a poluição do ar pode estar associada ao agravamento de problemas como Alzheimer e depressão, assim como à aceleração do processo de envelhecimento cerebral. "Os governos mundiais têm de tomar medidas para reduzir a poluição. Isso beneficiará o capital humano, que é o motor mais importante para o crescimento da economia", ele afirma.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 20 das cidades mais poluidoras do mundo localizam-se em países em desenvolvimento, caso do Brasil e da China.

Rebecca Daniels, que faz parte da organização sem fundos MEDACT, no Reino Unido, afirma: "As políticas atuais não estão no nível do desafio que enfrentamos. Os governos têm de se comprometer a baixar os níveis de poluição atmosférica o mais rápido possível para que a saúde das pessoas seja preservada".

Fontes: The Guardian/Sábado/Diário do Transporte

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