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Qual é a sua pegada ecológica?

  • Foto do escritor: Pro Coletivo
    Pro Coletivo
  • 22 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

"Ao celebrar o Dia Mundial da Terra hoje, somos chamados a redescobrir o sentido do respeito sagrado pela Terra, porque não é apenas a nossa casa, mas também a casa de Deus", disse o Papa Francisco hoje.

No dia 22 de abril, dia do Descobrimento do Brasil, também celebramos o Dia Mundial da Terra. "Uma oportunidade para renovar o nosso compromisso de amar a nossa Casa comum e cuidar dela e dos membros mais frágeis de nossa família. Como a trágica pandemia de coronavírus está nos mostrando, somente juntos e ajudando os mais frágeis podemos vencer os desafios globais”, declarou hoje o Pontífice.

Nosso planeta Terra, que completa mais um ano hoje, dentro da casa dos 4,5 bilhões, vai continuar existindo, pois a natureza, por mais sofrida e devastada, acaba se reconstruindo naturalmente. Mas nós não. Dependemos de ar, água e alimentos para viver.

O uso indiscriminado do carro é um dos grandes fatores da altíssima poluição em SP

E nossa passagem pela Terra tem sido cada vez pior. Todos os anos os humanos consomem — e esgotam — mais recursos naturais do planeta. Segundo relatório da organização Global Footprint Network, a humanidade está gastando os recursos 1,7 vezes mais rápido do que os ecossistemas conseguem se regenerar, o que equivaleria a usar 1,7 Terras em vez de uma só.

Simplesmente para viver, todos nós impactamos e interferimos no planeta. Ou seja, habitar neste mundo significar usar recursos ambientais e depois devolvê-los ao meio ambiente. Consumimos no dia a dia toneladas de alimentos, matérias-primas e também muita energia. Para você ter uma ideia da quantidade, atualmente a média do consumo per capita de energia é da ordem de 5,6 TEP (toneladas equivalentes de petróleo). Isso significa que seriam necessárias 5,6 toneladas de petróleo por ano para cada ser humano se toda a energia gasta por nós em transporte, lazer, habitação e alimentação viesse do petróleo.

Uma das formas de medir o nosso impacto individual é a chamada pegada ecológica, que mede a quantidade de recursos naturais renováveis usados para manter nosso estilo de vida. Sob a ótica coletiva, o cálculo da pegada de uma cidade, de um estado ou de um país ajuda a conscientizar a população e os gestores públicos sobre a necessidade de impactar menos o meio ambiente.

Segundo o Relatório Planeta Vivo, da rede WWF, a pegada ecológica brasileira é de 2,9 hectares globais por habitante. Ou seja, se todas as pessoas do planeta consumissem recursos ambientais como os brasileiros, seria necessário 1,6 planeta. Já a pegada ambiental de um americano típico é ainda maior: 8,6 hectares globais por pessoa.

Na direção certa

É óbvio que o planeta não aguenta mais esse nível de consumo e impacto – um dos sintomas tem sido a frequência de eventos climáticos, como ondas de calor, tempestades devastadoras e longos períodos de seca.

Ciclistas em Copenhague, capital da Dinamarca, uma das cidades mais cicláveis do mundo

Por isso, mudanças nas políticas públicas e também individuais são urgentes. Um jeito de melhorar a nossa pegada ecológica é evoluir nossa forma de locomoção: afinal, a maior parcela de energia consumida está relacionada ao transporte. Assim, dê preferência ao transporte ativo (bicicleta e pedestrianismo), ao transporte coletivo (trem, metrô e ônibus) e aos modais elétricos. O consumo energético por quilômetro percorrido de quem utiliza ônibus é muito menor do que o da pessoa que usa o carro. E esse consumo cai ainda mais se o transporte for sobre trilhos.

Depois que a pandemia passar, vamos fazer escolhas mais conscientes e sustentáveis. Cada vez que escolhemos substituir o carro pelo ônibus ou pela bicicleta, ou mesmo quando oferecemos carona, estamos nos locomovendo na direção de um futuro sustentável para todos.

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