top of page
Chantal Brissac

Sobre trilhos


Em todo o mundo, dois bilhões de pessoas deslocam-se diariamente sobre trilhos. O transporte ferroviário é um dos mais eficientes, seguros, democráticos e sustentáveis meios de locomoção, com a vantagem ainda de ser extremamente confortável e charmoso.


Viajar de trem é voltar aos tempos de criança, pois o sonho e o contato com a natureza fazem parte do pacote. Pela janela do vagão você avista paisagens incríveis, cidades e o movimento das pessoas. O transporte em si já é um passeio.


No exterior, o trem é o preferido dos viajantes, por ligar destinos em rotas inesquecíveis. Só a Europa tem uma malha ferroviária de 50 mil km, que une mais de vinte países. É possível viajar por todo o continente pelos trilhos. Algumas das rotas mais famosas são de Roma a Florença, em uma hora e meia de viagem; de Amsterdã a Paris, jornada de quatro horas; e de Lisboa para Porto, três horas de passeio, entre outras opções.


O Brasil já teve uma malha ferroviária de expressão, que começou a ser extirpada na década de 1960, com o nascimento de Brasília e a ascensão do rodoviarismo. Mas restaram trilhos, estações e histórias que foram preservados e podem ser vivenciados em passeios. A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), fundada em 1977 pelo francês Patrick Dollinger, um apaixonado por locomotivas a vapor e por ferrovias, oferece alguns roteiros imperdíveis em Marias Fumaças em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Veja algumas sugestões:


Trem da Serra da Mantiqueira – Passa Quatro (MG)

Os passeios acontecem aos sábados e domingos e têm duração de duas horas. Leopoldina, a Maria Fumaça de 1929 (na foto acima), sai da histórica estação de Passa Quatro percorrendo vales, matas, rios e vilarejos.


Trem Caiçara de Antonina a Morretes (PR)

A mais antiga Maria Fumaça em operação no Brasil, de 1884, leva os viajantes a um passeio de uma hora em meio à Mata Atlântica, passando por pontes, chácaras e manguezais.


Trem da Serra do Mar – Rio Negrinho (SC)

Inicia sua jornada na Estação Ferroviária de Rio Negrinho, a 791 metros de altitude, e trafega 60 km por paisagens rurais repletas de corredeiras, cachoeiras e vegetação exuberante.


Trem de Guararema (SP)

O trem percorre os trilhos da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil. Luiz Carlos, ponto final do passeio de duas horas, é uma pequena vila restaurada, com casas antigas, lojas de artesanato e restaurantes acolhedores.

Locomotiva de Passa Quatro, em Minas Gerais, que também integra os passeios da ABPF

Mais informações sobre os roteiros no site www.abpf.com.br


Comentários


whatsapp.png
Posts Recentes
Arquivo
Categorias
bottom of page